Cada vez mais, o tempo gasto dentro de escritórios, salas de reuniões e salas comerciais, vem aumentando expressivamente e repetidamente nos maiores centros urbanos no mundo.
Queixas como tosse, dor de cabeça, fadiga entre outros sintomas, indicam uma grande probabilidade de você estar ocupando, exatamente agora, um local qualificado como síndrome do edifício doente.
O termo síndrome do edifício doente foi estabelecido em 1976, nos Estados Unidos, após o diagnóstico de 182 casos de doenças respiratórias em um evento de veteranos da guerra da Coreia, causadas por uma bactéria chamada de Legionella pneumophilia.
Essa bactéria foi encontrada nos dutos do ar condicionado do salão onde ocorria o evento, e causou insuficiência respiratória na maioria dos presentes naquele local.
O diagnóstico dessa doença, permitiu que muitos estabelecimentos e ambientes fechados que trabalhavam com ar climatizado começassem a se preocupar com a qualidade do ar conduzido por seus equipamentos, no intuito de reduzir o número de doenças que poderiam ser transmitidas por eles.
Um relatório da OMS ( Organização Mundial da Saúde ) sugere que até 30% dos novos e edifícios remodelados em todo o mundo, podem ser o assunto de síndrome do edifício doente , ocasionado por reclamações excessivas relacionadas à qualidade do ar interior.
Os contaminantes.
A utilização de equipamentos de ar climatizado em edifícios, salões e ambientes fechados, é bastante comum para tentar evitar temperaturas desconfortáveis em locais onde existe um grande volume de pessoas. Entretanto, se o ambiente não proporciona uma renovação suficiente do ar interior, pode gerar riscos para a saúde dos ocupantes, especialmente quando não existe manutenção dos equipamentos.
Uma variedade enorme de contaminantes de natureza química, física ou biológica são encontradas no ar interno das edificações, podendo ser introduzidos ou produzidos nestes ambientes.
Os poluentes químicos, representados principalmente pelos compostos orgânicos voláteis e semi-voláteis, são normalmente encontrados como componentes de utensílios de decoração (carpetes, mobiliário, tintas e vernizes)
ou produtos utilizados na rotina diária.
Os contaminantes físicos como partículas inaláveis de poeira podem estar presentes em quantidades consideráveis, resultando em diversos problemas do sistema respiratório.
Os contaminantes biológicos incluem fungos, bactérias, vírus, pólen, ou substâncias deles derivadas que podem desencadear doenças infecciosas.
Grande parte destes contaminantes podem ser evitados quando há uma correta limpeza e manutenção do sistema de climatização.
A legislação brasileira para a qualidade do ar climatizado.
No Brasil, a Resolução RE 09, 2003 é a legislação que determina os parâmetros e limites máximos para a avaliação da qualidade do ar climatizado, sendo um instrumento essencial para fornecer dados, e, na tomada de ações corretivas e preventivas.
A PORTARIA Nº 3.523, DE 28 DE AGOSTO DE 1998 que estabelece o Plano de Manutenção, Operação e Controle (PMOC) para sistemas climatizados, tem como objetivo garantir que a manutenção de todo o sistema climatizado seja realizado periodicamente por um técnico responsável.
[Conheça mais sobre o PMOC neste post. Clique aqui.]
O cuidado com a qualidade do ar climatizado de um ambiente fechado, é muito mais importante do que imaginamos pois envolve a saúde dos ocupantes.
Para evitarmos a síndrome do edifício doente, é de suma importância realizar a manutenção e limpeza correta do sistema de climatização, assim como, uma análise semestral da qualidade do ar, para obtermos assim um ambiente saudável e confortável.